Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, exaltou o trabalho do técnico argentino Juan Pablo Vojvoda. Ele falou em entrevista ao Zona Mista do Hernan, no canal do UOL Esporte no YouTube, no ar nesta segunda-feira (3).

Vojvoda no Fortaleza: "É um pilar importantíssimo. Espero que essa sequência permaneça de maneira positiva".

O que falta para o Fortaleza? "Capacidade de investimento é o que dará esse passo a mais".

Evolução do Fortaleza: "É um momento único na nossa história até aqui. Isso é uma construção, não foi por acaso".

Retorno de ídolo: "Quase a gente coloca o Clodoaldo para jogar a última partida da Série B em 2018".

Críticas contra a arbitragem: "Temos que profissionalizar a arbitragem. Esse profissionais tinham que ter contrato, receber o ano todo".

Erros da arbitragem: "Não podemos reclamar só quando o erro é contra o nosso time".

Trabalho do Vojvoda

"Ele (Vojvoda) tem um norte, tem uma forma de trabalhar e sequência. Quando entramos em momentos difíceis que o futebol tem, porque são altos e baixos, não fica toda hora linear, a gente se reorganiza sobre o que temos que fazer sob o comando técnico dele. É um pilar importantíssimo e temos contrato com ele até o final de 2025. Espero que essa sequência permaneça de maneira positiva".

O que falta para o Fortaleza "subir de prateleira" no Brasil?

"Capacidade de investimento é o que dá esse passo a mais. Temos uma estrutura boa. Pode ser melhorada? Pode. Para melhorar a logística, fretar mais voos como muitos clubes fazem, evoluir ainda mais o elenco, tudo isso é a capacidade de investimento. Seguindo nesse atual caminho vamos disputar, pode ser que em determinado ano consiga um título mais expressivo, como quase veio ano passado, um algo a mais, mas precisa do investimento".

Retorno de Clodoaldo

"Quase a gente coloca o Clodoaldo para jogar a última partida da Série B em 2018. Pensamos em inscreve-lo, mas ficamos com um receio de ter algum problema de registro. Rogério (Ceni) gostava dele, pelo talento que ele tinha poderia ter ido muito mais longe".

Evolução do Fortaleza

"É um momento único na nossa história até aqui. Estamos vivendo experiências inéditas e grandes, como enfrentar um River Plate de igual para igual, consequentes competições internacionais, enfrentar o Boca Juniors e vencer com autoridade, poder performar, vir para São Paulo e enfrentar os grandes que tem aqui e jogar de igual para igual. Isso é uma construção, não foi por acaso".

Críticas contra a arbitragem

"Eu não vou apontar que isso seja a solução definitiva, mas acho que melhora. Temos que profissionalizar a arbitragem. Você sabia que os árbitros não têm contrato de trabalho? Eles são escalados para apitar jogos e ganham só no jogo que atua. Ou seja, quando chega dezembro, janeiro, ele não ganha nada, como um freelancer. E como você vai ter a preparação, o melhor nível possível para tomar as melhores decisões, em uma indústria que impacta milhões em dinheiro e pessoas? Esse profissionais tinham que ter contrato, receber o ano todo. A cada fim de rodada, coloca-los dentro de uma sala e analisar os jogos de cada um, ver os erros e acertos. Aí tem o preparo físico, o mental, é uma grande pressão apitar".

Erros da arbitragem contra e a favor

"Teve um determinado momento, não vou dizer o ano para não facilitar, que teve diversos erros de arbitragem. Um grupo de dirigentes comentou de fazer um reclamar, fazer um ofício, e eu disse: 'Vamos reclamar essa semana porque os erros foram contra os nossos times, e semana que vem, quando o erro for a favor? Vamos se posicionar também? Não podemos reclamar só quando é contra o nosso. Claro, tem situação que o dirigente tem que se posicionar, até porque ele é cobrado pela torcida, treinador e os jogadores. Em algumas situações, porém, existe sim uma transferência de responsabilidade. Acontece, é coisa do humano se proteger".

O Zona Mista do Hernan, apresentado pelo colunista do UOL André Hernan, vai ao ar às segundas-feiras, às 12h, no canal do UOL Esporte no YouTube.